Liderança e Ativismo no Desenvolvimento Científico do Brasil

Contribuições para a Constituição de 1988

Durante sua presidência na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Carolina Bori foi uma força motriz na elaboração da "Proposta da SBPC para a Constituinte", que abordou temas cruciais como educação, ciência e tecnologia, saúde, meio ambiente e populações indígenas. Isso resultou na inclusão do artigo 218 na Constituição de 1988, atribuindo ao Estado a responsabilidade de promover o desenvolvimento científico e tecnológico.

Esse feito foi pioneiro na história do Brasil, destacando a importância da ciência para o progresso nacional.

Defesa dos Direitos Indígenas

O apoio da SBPC, sob a liderança de Bori, foi fundamental na luta pelos direitos indígenas. A antropóloga Manuela Carneiro da Cunha destacou a importância dessa colaboração no fortalecimento do debate sobre direitos humanos no Brasil. Trabalhou incansavelmente para assegurar que as propostas da SBPC fossem mantidas, apesar das tentativas de oposição de alterar o texto.

Seu Ativismo

O ativismo permeou toda a carreira de Carolina Bori. Desde o início, ela lutou pela consolidação da psicologia como uma ciência reconhecida no Brasil e, mais tarde, expandiu seus esforços para o desenvolvimento científico e tecnológico em geral.

Compromisso com a Ciência e a Educação

Carolina acreditava firmemente que a ciência e a educação eram essenciais para o desenvolvimento do país.

Deisy de Souza, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (DPsi-UFSCar), e Dora Fix Ventura, Professora Sênior do Instituto de Psicologia da USP, ressaltam o papel central de Bori na defesa da ciência como um caminho para o progresso nacional.

O impacto de Carolina Bori na ciência e na sociedade brasileira é profundo e duradouro. Sua liderança na SBPC e suas contribuições para a Constituição de 1988 são apenas alguns exemplos de seu compromisso inabalável com o avanço científico e social do Brasil. O legado de Bori continua a inspirar e guiar novas gerações de pesquisadores, reforçando a importância da ciência e da educação como pilares do desenvolvimento humano e social.