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Intelectual Humanista e Ética em Tempos de Crise

Atualizado: 25 de mar.

Compromisso com a Ética e a Justiça


Carolina Bori destacou-se como uma intelectual humanista em um período marcado por pragmatismo exacerbado e competitividade extrema. Sua atuação durante o regime militar no Brasil foi considerada um farol de ponderação e firmeza. Mesmo diante de pressões políticas e sociais, manteve-se fiel a uma visão ética de mundo, que integrava sua atividade científica com um compromisso inabalável com a justiça social.


Resistência Durante o Regime Militar


Durante o regime militar, Carolina Bori atuou de forma corajosa e determinada, demonstrando uma coragem e resiliência inabaláveis em defesa da liberdade acadêmica e a autonomia das Universidades. Foi uma voz ativa contra a repressão e a censura, utilizando sua posição na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para promover o debate e a resistência intelectual. Sua postura era de diálogo e abertura, sempre buscando soluções que respeitassem os direitos humanos e a dignidade.


Na década de 1970 (período marcado por forte repressão política e censura), ela se destacou como uma líder comprometida com a liberdade acadêmica e a integridade científica. Seu papel foi crucial em 1977, com a tentativa do governo militar em proibir a realização da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).


Negociação e Persistência


A realização desse evento na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foi um marco de resistência. Carolina Bori, ao lado do presidente da SBPC e do seu secretário-geral, conduziu negociações estratégicas e persistentes com o governo militar. Esse esforço não só permitiu que o evento acontecesse, mas também simbolizou a determinação da comunidade científica em manter o debate e a troca de conhecimentos, mesmo sob pressão.


Postura Democrática e Independente


Nos anos que se seguiram ao regime militar, ela continuou sua missão com uma postura democrática e independente. Sempre conectada à atividade científica, nunca se desvinculou das questões sociais. Carolina acreditava que a ciência deveria servir ao bem comum e que o conhecimento não poderia ser dissociado da responsabilidade social. Essa visão guiou sua trajetória, inspirando muitos a seguir seus passos.


Inspiração para a Luta pela Liberdade


A habilidade de Carolina Bori em navegar por tempos tão desafiadores evidenciou seu compromisso com a ciência e a educação. Sua liderança durante esse período turbulento não apenas garantiu a continuidade de eventos científicos cruciais, mas também inspirou muitos a se posicionarem contra a opressão, mantendo viva a esperança de um futuro mais justo e democrático.


O exemplo de Carolina Bori durante a ditadura brasileira continua a servir como inspiração para aqueles que lutam por liberdade e justiça em todo o mundo. Sua capacidade de enfrentar desafios com ética e determinação é um legado duradouro que continua a motivar novas gerações de cientistas e ativistas a defender a verdade e o conhecimento, independentemente das adversidades.



 
 
 

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